Nesta terça-feira (18), o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, revelou que o ex-prefeito Emanuel Pinheiro deixou uma dívida de R$ 30 milhões com as empresas de ônibus da capital. O valor é referente ao ressarcimento pelos serviços de gratuidade previstos em lei, como o passe livre para estudantes, idosos e pacientes em tratamento de saúde.
Brunini destacou que, durante a gestão de Emanuel, houve pressão sobre as empresas para a compra de novos veículos, mas o pagamento pelas gratuidades não foi realizado, o que gerou a dívida milionária. “Foi deixada uma dívida de R$ 30 milhões. Desta quantia, R$ 8 milhões são da empresa Caribus. Como a empresa não conseguiu pagar o banco que contraiu o financiamento, sofreu esse revés. Na nossa gestão vamos pagar em dia o transporte coletivo de Cuiabá”, afirmou o prefeito, em entrevista durante o 1º Encontro Mato-grossense de Municípios, no Cenarium Rural.
Crise no transporte coletivo
A crise veio à tona após a apreensão de 31 ônibus da Caribus pela Justiça, afetando diretamente a região Sul de Cuiabá, que inclui os bairros Pedra 90, Osmar Cabral, Pascoal Ramos e Jardim Industriário. Em resposta, a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) notificou a empresa e exigiu a disponibilização de ônibus reservas para atender a população local.
Além disso, Brunini autorizou o uso de veículos reservas em caráter emergencial para minimizar o impacto na rotina dos usuários. A prefeitura também está em diálogo com outras três empresas concessionárias para garantir a continuidade do serviço de transporte coletivo nas regiões afetadas.
Pagamento realizado
Para amenizar a situação, a Secretaria Municipal de Fazenda informou que o pagamento de R$ 8 milhões foi efetuado à Associação Mato-Grossense dos Transportadores Urbanos (AMTU), responsável por repassar a quantia à Caribus. Esse valor é referente à compensação pela gratuidade dos serviços prestados na segunda quinzena de janeiro de 2025.
Continuidade do serviço garantida
Com essas medidas emergenciais, a Prefeitura de Cuiabá busca restabelecer o serviço de transporte coletivo e evitar novos transtornos aos usuários. Segundo Brunini, a atual gestão está comprometida em pagar as gratuidades em dia, evitando novos acúmulos de dívida com as concessionárias de ônibus.
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